28 outubro 2010

Samhain - A morte do Deus

Samhain - O Fim e o Início de um Ano Novo para os Celtas
(31 de Outubro - Hemisfério Norte) e (30 de Abril - Hemisfério Sul)

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
... E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo "outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.

O "Outro Mundo" celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do "Outro Mundo" e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.

Durante esta noite o véu que separa esses dois mundos está o mais fino possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem grandes dificuldades.
Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É hora de honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e comemorem conosco esse momento tão especial da Roda do Ano. 

Samhain é o festival da morte e da alegria pela certeza do renascimento. O Deus morreu, e a Deusa, trazendo no ventre o seu amado, recolhe-se ao Mundo das Sombras para esperar o seu renascimento. Comemora-se aqui a ligação com os antepassados, com aqueles que já partiram e que um dia, como a natureza, renascerão. Os cristãos transformaram essa data no "Dia de Todos os Santos" e no "Dia de Finados", numa alusão supersticiosa a essa ligação.
É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabbat é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo sumo de maçã. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.

15 outubro 2010

A SEXUALIDADE DAS MULHERES CELTAS

A beleza das mulheres celtas foi decantada pelos autores clássicos.
Seu ar impoente, suas vestes e adereços deveriam fazer delas uma visão sem dúvida formidável aos olhos de gregos e romanos.
Orgulhosas, elas usavam jóias em ouro, contas e pedras preciosas, e a igualdade de direitos lhes dava ainda mais força.
A sexualidade não era algo de que os celtas se envergonhassem, pelo contrário: nas palavras de Diodorus Siculus, "elas geralmente cedem sua virgindade a outros e isto não é visto como uma desgraça: pelo contrário, elas se sentem ofendidas quando seus favores são recusados".

Esse costume social retratado por um historiador grego observando os gauleses encontra eco nas lendas irlandesas da Rainha Maedbh, que afirmava "jamais ter se deitado com um homem sem que houvesse outro a esperá-la na sombra".
E quando uma nobre romana, não acostumada com a liberdade e a força do caráter das mulheres celtas questionou a integridade moral de uma delas, ouviu a acachapante resposta: "nós mulheres celtas atendemos as exigências da natureza com muito mais dignidade do que vocês, romanas: pois enquanto nós copulamos abertamente com nossos melhores homens, vocês secretamente se sujeitam aos mais vis."
O sexo não era encarado em rígidos termos moralistas, uma mulher não era "culpada" de adultério se tivesse relações sexuais extraconjugais. Mais tarde a igreja cristã combateu essas leis e muitos outros costumes célticos referentes às mulheres, sobretudo o direito ao divórcio, a herdar propriedades, portar armas e a exercer a profissão médica.
Estudar os comportamentos sexuais de uma sociedade como a celta que conhecemos por intermédio da sua literatura – essa passando infelizmente pelo filtro da cultura cristã – e pelos achados de utensílios, estelas e ogamstones, é possível "reconstruirmos" alguns de seus comportamentos e práticas sociais. Jean Markale em seu livro La femme celtique. Mythe e sociologie nos explica que a sexualidade – principalmente a feminina -, era tratada com naturalidade, pois ela é inerente a natureza humana e não podia ser reprimida o que infelizmente, a partir do século V com a chegada do bispo Patrício e do cristianismo passou a receber a conotação pecaminosa, conceito imposto pelo cristianismo.
Numa sociedade onde a mulher é senhora de seu próprio corpo – ela percebe em si os ciclos da natureza, ela dá à luz homens e mulheres e, sabe que o seu corpo é a fonte de seu prazer como a de seu companheiro.
Há um grau de liberdade muito grande entre os celtas, já que a mulher pode dispor de seus bens, pode divorciar-se e pode ou não aceitar as concubinas do marido, podendo ela também – dependendo de sua riqueza e posição social manter amantes.
A rainha mítica Maedbh, esposa do rei Ailil mantinha um amante a quem se entregava apenas para obter prazer pois, dedicava seu amor exclusivamente ao rei.
Esses comportamentos "liberados" das mulheres lhes garantiam a sua circularidade e visibilidade (LAURETIS: 1995, 56) dentro da sociedade celta. Recorro mais uma vez a Jean Markale para explicar a importância do sexo nesta sociedade, quando explica que o ato sexual é um retorno ao Paraíso, ou então, é uma pequena mostra de como pode ser o Outro Mundo, ou o Mundo das Fadas, onde não há dor, fome ou necessidades e o orgasmo, principalmente aquele atingido simultaneamente pelo homem e pela mulher, é a porta de entrada para esse paraíso (MARKALE: 1976, 330, 1, 2, 3)! Tanto os homens como mulheres celtas almejavam estar entre as fadas, pois além de estarem vivendo num estado constante de prazer, sabiam que este duraria a eternidade.


A mulher possui três funções: ela é a Transformadora, a Iniciadora e a Finalizadora.
É pelo sexo e, ainda mais pela liberdade de poder vivenciar a sua sexualidade que ela pode:
Transformar: a vida, dar à luz e prazer a si e ao seu companheiro;
Iniciar: nas artes divinatórias, nas práticas sexuais e por fim é a
Finalizadora: a que faz chegar ao prazer e a que conduz ao outro mundo.

A circularidade e visibilidade da mulher na sociedade celta eram naturais o que provavelmente chocou os cristãos e trataram impor os seus conceitos: virgindade indispensável e repressão dos desejos e instintos sexuais femininos.
A consciência do próprio corpo – o conhecimento profundo de cada parte, de cada ciclo, de cada ponto onde se pode obter prazer – era comum entre as mulheres celtas que quando sentiam desejo por um homem, lhe ofereciam prazerosamente, a "amizade de suas coxas".

Mas toda essa liberdade para amarem e viverem em plenitude a sua sexualidade advém de uma consciência e uma responsabilidade para consigo e para com os outros membros de sua comunidade,o que contrasta com a repressão vivida pelas mulheres ocidentais hoje.
E toda essa vivência é assim definida por Markale e ela resume e define a mulher celta e a sua sexualidade:

"Se a mulher ocidental moderna não é livre, Isolda, Grainné e Deirdré eram mulheres livres. A mulher celta era livre porque agia com plena consciência de suas responsabilidades. E sendo livres eram capazes de amar, pois o amor era um sentimento que escapava a todas as contrariedades e a todas as leis surgidas da razão, sendo livres podiam amar."(MARKALE: 1976 – 354).

http://luzdanovaera-fraternidadebranca.webnode.com/products/a-sexualidade-das-mulheres-celtas-/

10 outubro 2010

Crianças Indigo

Os meninos Índigo vieram para trabalhar a humanidade. É um projecto do céu. Trazem uma programação interna capaz de ensinar qualquer adulto. Vão provocar inversão total de valores. Só entendem a linguagem de amor, amor que vem directamente do coração. Não se deixam enganar, nem se desviam do seu caminho. Resistem aos padrões de educação tradicional, eles é que vieram para educar. Estão a nascer em todas as casas. Dão nas vistas pelo seu comportamento. Devem ser acompanhados e nunca desviados da sua missão. Se o adulto mostrar ter uma mente aberta e receptiva, este “pequeno adulto” vai mostra-lhe os caminhos.

São capazes de uma antevisão clara e objectiva das questões. Vem para colocar o dedo na ferida da humanidade e incentivar à mudança. Identificam o erro, oferecem pistas e dão soluções. Vão incomodar muita gente, pois obrigam a uma revisão total de valores, de tudo o que está estabelecido e que o homem confortavelmente não quer mudar. Querem ver alterados padrões de comportamento, de sociedade e da pedagogia.

Atravessamos momentos de profunda alteração, mas muito ainda está em perigo e muito há a fazer. Ao contrariar a natureza deste ser tão em sintonia com amor, com a paz e o universo, ele vai tornar-lhe a vida muito difícil. Não vai colaborar. Quanto mais for violentado em lugar de compreendido, piores os registos.



Vêm ligados aos portais e vibram na medida certa. Qualquer perturbação externa que afecte este equilíbrio é penoso para estes seres. Sempre que estas crianças tão equilibradas lhe apresentarem distúrbios de comportamento fique certo que estão apenas a imitar ou a reflectir um comportamento seu. Fazem de espelho para melhor lhe explicar o que vai mal consigo, na sua vida, na sua casa, que no fundo é também o contexto dele.

Tem um forte sentido de justiça, pelo que a resposta “porque sim”, “porque eu é que sei”, “porque eu é que mando”, não é indicado. Pode induzi-los em comportamentos irritadiços, nervosos. Pode até acontecer que na próxima conversa, lhe devolvam respostas desta mesma natureza.

Ao longo da história a humanidade presenciou grandes obras realizadas por parte de Índigos, estes muitas vezes foram apenas reconhecidos, após a sua morte. Foram casos isolados.

A abundância destas crianças, no dia de hoje é tal que ninguém pode ficar indiferente. É necessário compreender bem que trazem uma nova mensagem e compreender que mensagem é essa.

Fique seguro que é um enorme desafio para pais, familiares, educadores de infância e professores. Um ser destes bem acompanhado será brilhante, prestará serviço à sua comunidade com conotações acima da média. Simplesmente porque faz o que gosta.

Um bebé tem identidade própria, não deseduque o seu filho para o obrigar a ser o que não conseguiu ser. Ele vem para ser ele mesmo, tem um projecto de vida. Cabe apenas ao adulto respeita-lo e orienta-lo.

Estas crianças têm seus padrões, suas vontades sabem exactamente porque vieram, ao que vieram, e porque nasceram no seio da sua família. Necessitam de amor, protecção e orientação porque são gente adulta, dentro de um corpo de criança.

Caso estas crianças sintam que o adulto as entende, as respeita como elas são e percebe da nova programação com que nascem, saltam para o seu colo com uma simpatia universal.

Tem um sorrir aberto, olhos grandes e um à vontade que parece dar a entender que o conhece desde sempre. Sem cerimónia, diz-lhe na cara o que menos espera ouvir, mesmo que o tenha conhecido faz poucas horas.

Assim, como idealmente gostamos e tratamos do nosso corpo, do nosso ser, tentemos ver o planeta terra como se de nosso corpo se tratasse. O inicio foi perfeito, bonito e bem cuidado, mas com o decorrer dos tempos, dos séculos, o homem descurou o tratamento deste ser magnifico, que é a nossa casa. O que é património de todos, encontra-se em profundo desequilíbrio. Ao adulto actual custa ter este tipo de visão. O seu campo de preocupações fica restrito aos m quadrados da sua casa ou escritório e pouco mais. Sugere sempre que sozinho nada pode alterar. Uma vez que o padrão se repete, o que surge são centenas de pessoas que olham apenas ao seu espaço. Uma criança Índigo vem contrariar esta tendência, pois ela sabe que tal manifestação não é correcta e que todos os pensamentos juntos já fazem volume e envolvem o planeta de negatividade. Ela tem consciência universal, não olha apenas para si mesma.

Sente e presente sem margem de erro, o que o adulto vale e o que está a pensar.
Quando encontra baixas vibrações, chora, adoece e não se sente bem.

O azul Índigo de sua auras reflecte o caracter com que nasce, tem sentido humanitário, faz sem esperar o resultado, partilha com os desfavorecidos, é sensível ao mal estar alheio, é verdadeiro na essência, tem consciência que onde acaba a sua mão começa a mão do seu amigo ou desconhecido.

O seu Índigo pode não ser médico, juiz ou engenheiro, mas seguramente tem acesso a uma sabedoria que já não se encontra nos livros.

Em alguns casos gosta de estar só. Desde cedo é um ser bem centrado em si e no que vem cá fazer. Se tiver que escolher entre estar com um adulto que não o entende e estar só, pois fica só e muito alegre.

Sem que ele se aperceba, veja todas as suas brincadeiras. Observamos que tem a ver com sentimentos, pessoas, harmonia e construção. Os seus sentimentos são bem ligados à mãe terra e ao pai céu.

Se observar o seu Índigo a comer areia e pintar a parede da sala com caneta, fique certo que vai fazer estas e outras experiências, pois tem necessidade de experiência todas as vertentes do seu ser. Pode pegar e largar em várias actividades ao mesmo tempo sem parecer concluir alguma, uma vez que tem uma velocidade de interiorizar acima da média. São velozes, irrequietos, tem sede de conhecimento, se não consegue faze-los parar, inscreva-os em todas as actividades extra escolares que sejam de seu interesse.



Não estranhe se ele lhe ler os pensamentos, e acabar o seu raciocínio, numa conversa, também faz parte das suas características. Caso tenha capacidade de o ouvir com atenção, pode dar-lhe indicações e soluções para resolução das suas questões.

Cada pensamento, cada manifestação, são energias em movimento. Uma vez que tudo o que vai também volta, conforme o envio, assim vai ser o retorno. Trate bem o seu Índigo, com carinho e amor, quanto mais jovem a criança maior o grau de expressão, pela via do comportamento, do seu mau estar ou bem estar interno.

09 outubro 2010

A noite...


A Noite veio ao meu leito
Falar-me do silêncio, do medo
E das horas sós
E eu enfrentei a Noite,
Toda a noite,
Com a força da minha voz.

Veio falar-me do Outono,
Da fúria do vento
E da força do Mar
E eu encarei a Noite,
Toda a noite,
Com a paz do meu olhar.

A noite trazia ao peito
O deserto, a dor,
A vida crucificada,
E eu entreguei-me à Noite
Toda a noite
Até à Madrugada.

A Noite veio de noite
Falar-me do sono
Da noite e de mim
E eu possuí a Noite
Toda a noite
Até ao Fim.


por: Luis Costa