27 julho 2010

Mudanças...



"Todas as mudanças, mesmo as mais desejadas, têm a sua melancolia; porque deixamos para trás uma parte de nós.
Precisamos de morrer uma vida antes de entrar noutra."


(Anatole France)

26 julho 2010

Experience...


"Experience is not what happens to a man; it is what a man does with what happens to him."


-- Aldous Huxley

23 julho 2010

Gratitude...



"Gratitude is the attitude that changes everything.
To be grateful for something is to stop resisting it, to see it and acknowledge it as a gift, even when the gift is not immediately apparent."

Neale Donald Walsh

17 julho 2010

Qual é a sua Deusa Interior?

Resultado do teste: Qual é a sua Deusa Interior?
em: http://descubrasuadeusa.vilabol.uol.com.br/descubra_sua_deusa.html



Sua deusa interior é Afrodite

A mulher-Afrodite é regida pela deusa do amor. Está voltada principalmente para os relacionamentos humanos, a sexualidade, romance, beleza e intriga. Costuma ser muito sensual, criativa e envolvente. Pode ser mal interpretada e difamada por seu jeito de ser. Seus relacionamentos amorosos são geralmente muito intensos e quase sempre complicados.
Para evoluir como pessoa você precisa interpretar as coisas mais com o lado racional do que o emocional. Precisa saber separar e classificar seus sentimentos e ações para poder viver em equilíbrio.



Existe uma segunda versão sobre seu nascimento, que nasceu da espuma dos mares, fecundada pelos testículos de Urano. Afrodite é a deusa do amor, beleza e paixão. Também era considerada a deusa da primavera, das flores, jardins e da navegação. Ela nunca teve que fazer qualquer trabalho, diferente de fazer amor. Ela amou fazer os deuses e deusas, do Olimpo, se apaixonar por mortais. Afrodite castigou os celibatários severamente e outros que foram contra os prazeres do amor. Afrodite abençoa todos os verdadeiros amantes com beleza e paixão, mas ela própria não tem fidelidade ou compromissos. Sendo a mais bela e popular do Olimpo, foi cortejada por todos os deuses, inclusive Zeus, a quem recusou. Em vingança, deu-a em casamento ao deus do fogo, Hefesto, o mais feio dos imortais. Teve vários amantes. Traia o marido com Dioniso, Poseidon, Ares, Hermes, e Anquises. Teve muitos filhos de outros, entre eles Eros, Hermafrodito, Anteros, Harmonia e outros mais. A chuva da primavera era o elemento fecundante enviado pela deusa. 


Grandes Ciclos da Natureza


Temos a informação e a linguagem que podem responder a questão sobre o significado de 21 de dezembro de 2012.De "Os Vedas",livro hindu de 8 mil anos,e o calendário hebreu,de 5 mil anos,às profecias indígenas da Ásia e das Américas,antigas tradições sugerem que algo realmente grande acontecerá durante nosso tempo na história.É importante notar que não há nada em nenhuma profecia que diga incondicionalmente que o mundo terminará nessa data.O que afirmam é que,nessa ocasião,o mundo,como o conhecemos,entrará em uma era de mudança.
A maneira como responderemos à mudança definirá o modo que a experimentaremos na era seguinte de nossa existência.

O que coloca a profecia maia além das predições gerais de outras culturas é que ela tem um prazo final,que ocorrerá dentro do nosso tempo de vida.
O último ciclo do intangível calendário maia corresponde a uma série de eventos tangíveis,alguns dos quais já estão acontecendo hoje.Eis aqui o que sabemos com certeza:

* O fim do grande ciclo maia marca um raro alinhamento do nosso planeta,do nosso sistema solar com o centro da galáxia - algo que só ocorrerá outra vez daqui a 26 mil anos.

* Em 10 de março de 2006,um ciclo de tempestades solares terminou e um novo ciclo começou.E este,está previsto que alcançará seu pico em 2012 e que sua intensidade será 30 a 50% maior que a dos ciclos anteriores.

* Os cientistas concordam em que os campos magnéticos da Terra e a experiência humana sugerem que é mais fácil aceitar mudanças e adaptar-se a novas idéias em campos magnéticos mais fracos.

* A recente validação de princípios quânticos prova que a maneira como percebemos o mundo - nossas crenças sobre nossa experiência - influencia fortemente nossa realidade física.

Com esses fatos em mente,o solstício de 21 de dezembro de 2012 parece ser uma grande janela cósmica de oportunidade.É a oportunidade de nos beneficiarmos de nossas experiências individuais e coletivas dos últimos 5 mil anos de história,à medida que nos libertarmos das crenças destrutivas que criaram doenças em nosso corpo e tempo de vida limitado,que levaram a diferenças que nos separaram,que justificaram as grandes guerras da história e destruiram partes inteiras de nosso planeta.Tal possibilidade existe apenas quando todos os parâmetros necessários convergem para uma única janela de tempo,e isso parece ser exatamente o que acontecerá em 2012.

Se a presença de campos magnéticos baixos nos prepara para a mudança e para a aceitação de novas experiências,se a perda do escudo magnético da Terra permite a influência direta de campos de alta energia,que são normalmente defletidos para trazer a mudança,e se ambas as coisas estão acontecendo no tempo geral de 26 mil anos do alinhamento galáctico,então é como se o cosmo tivesse conspirado para nos mostrar o poder do "raio de sincronização" galáctico.Que oportunidade rara e bizarra!O modo como vamos receber essa oportunidade é a escolha que estamos fazendo hoje.

Em 2005,a "Scientific American" publicou uma edição especial intitulada "Encruzilhadas para o planeta Terra",na qual identificou uma série de cenários que,deixados sem verificação,sustentam o potencial para o término da vida na Terra como a conhecemos hoje.A questão era que,embora qualquer dos cenários fossem catastróficos,todos estavam acontecendo hoje.Claramente,as escolhas da guerra,da escassez de recursos,do genocídio,do abuso de tecnologia e da tecnologia baseada em combustível fóssil não são sustentáveis por outro milênio.Para mudar a maneira como vivemos precisamos mudar nossas crenças,e tal mudança pode vir apenas da visão poderosa e holística de quem somos no universo.Do muito que 2012 representa,ele pode oferecer uma janela sem precedentes de tal oportunidade.

Estamos caminhando para um tempo de catástrofe sem precedente,para mil anos de paz ou para ambas as coisas?Ninguém sabe com certeza.Embora os ciclos solares e as reversões magnéticas sejam muito reais e definitivamente tenham acontecido no passado,nunca aconteceram enquanto 6,5 bilhões de pessoas viviam no planeta e,certamente,não com a maioria dessas pessoas dependendo da tecnologia de redes de energia,de comunicação,de computadores e de satélites de posicionamento global.Do mesmo modo que a incerteza acompanha qualquer nascimento,simplesmente não sabemos o que o nosso nascimento em tal experiência monumental pode significar para a vida,a tecnologia,nossas emoções e nossos corpos.

Sabemos,porém,que os antigos humanos podem ter experimentado ciclos semelhantes,embora menos intensos,alguns dos quais podem ter ocorrido há 10 mil anos.Embora as tradições bíblicas e oral sugiram que tal tempo,certamente,não foi "fácil como de costume",o fato de as pessoas terem vivido para recordar esses ciclos nos mostra que se pode sobreviver a esses eventos.As novas descobertas relacionando a física da crença à realidade também nos mostram que a maneira como sentimos nossa experiência tem um efeito direto sobre "o quê" realmente experimentamos.Para nosso encontro com 2012,isso sugere que,se vivermos focados em todas as coisas ruins que podem acontecer,perderemos as experiências alegres que podem realmente impedir que essas coisas ruins aconteçam.

Hoje,se você perguntar aos descendentes maias o que aconteceu aos seus ancestrais,eles lhe contarão a história de uma geração de guardiões do tempo,que,um dia,deixou seus templos,observatórios e pirâmides,caminhou para as florestas e simplesmente "desapareceu",retornando para o lugar de onde veio.Sem considerar o que a história dessa geração significa para nós,é claro que quem quer que tivessem sido esses maias originais,eles sabiam algo em seu tempo que estamos apenas começando a entender no nosso.A chave para a mensagem deles é que seu segredo era mais do que a representação precisa do tempo em uma placa de pedra.A única peça de sua sabedoria que não poderiam gravar em sua mensagem hieroglífica é precisamente a que dá sentido ao término de seu ciclo.Somos nós a peça de sabedoria,e se pudermos abraçar o fato de que somos uma família nesse mundo - e muito possivelmente parte de uma família maior no cosmo -, nossa experiência na história estará completa.

A partir dessas perspectivas,o solstício de 21 de dezembro de 2012 torna-se uma janela poderosa para nossa emergência coletiva em nosso potencial maior.Tal momento é tão raro que temos sido preparados para ele por mais de 5 mil anos,e serão necessários outros 26 mil anos antes que os mesmos ciclos de oportunidade surjam de novo.Enquanto a fonte de nossa luz - o Sol - se move em perfeito alinhamento com o centro de nossa galáxia,estamos prontos para receber a dádiva maior de todas,a do nosso eu verdadeiro?O palco está preparado,a escolha é nossa,o cosmo está esperando.Teremos sabedoria para unir ciência,história,tradição e crença no milagre que espera por nós em 21 de dezembro de 2012.

Fonte: http://wwwjaneladaalma.blogspot.com/2009_11_01_archive.html

Menstruação


A palavra “menstruação” vem do latim mens e significa “lua” e “mês”. A primeira forma de medir o tempo foi pelo ciclo menstrual das mulheres. A sincronia entre o ciclo lunar e o menstrual refletia o vínculo entre as mulheres, a Lua e as deusas da fertilidade. O poder da mulher vem de seu sangue, e por isso ela não deve desprezá-lo, mas considerá-lo sagrado. O sangue menstrual liga a mulher ao poder da Criação.

Com o advento das sociedades patriarcais, o sangue menstrual passou a ser visto como sujo e maligno, o que não deixa de ser irônico, visto que o sangue menstrual é o maior indicativo da fertilidade de uma mulher.

A escritora Mirella Faür diz: “Enquanto que nas sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam seu sangue menstrual à Deusa e faziam suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía a esse poder oracular a prova da ligação da mulher com o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres ‘videntes’. E assim originaram-se os tabus, as proibições, as crendices e as superstições referentes ao sangue menstrual”.

E continua: “Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!”.

“Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação (…), a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos ritos de passagem e dos mistérios da mulher”.



Preocupamo-nos demais com consumismos e modismos e nos esquecemos de nosso poder como mulheres. Devemos retomar os antigos conhecimentos, estudar os antigos mitos lunares e reconhecer o poder mágico de nosso ventre. Desta forma, podemos nos reconectar à essência primordial de nossas vidas naturais.

Fonte: http://yvannasaraiva.blogspot.com/2009_12_01_archive.html

Sangue Menstrual


O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de que ela é a manifestação da Deusa na Terra, que ela é fértil como a Terra, que ela é a vida que nutre a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a mulher se sentir estranha, fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois renegar a importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher que honra seu ciclo mensal passa a ver o seu sangue não com vergonha, mas como sagrado, o sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da vida está no retorno à sabedoria da mulher e da Deusa.
Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher. Antes dos avanços científicos e o entendimento biológico da menstruação, o ciclo mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade que a mulher tinha de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente ligado a vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua saúde prejudicada era motivo de espanto e reafirmava o poder da mulher, o qual todos honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido descobertos, a gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu sangue em nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das mulheres eram o templo sagrado da vida. Com a chegada das religiões patrilineares, a mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos os males da vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a ser considerado algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres passaram a ser propriedade dos homens. Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários tabus. A própria bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por aqueles que tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse menstruando deveria permanecer intocada por um ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período menstrual deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher menstruada deveria se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro durante um período de 24 horas. Para compreendermos isso devemos entender que a menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o tempo é esquecido, deixado de lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a Deusa, pois como Ela a mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias. Celebrar novamente os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e resacralização de seu útero, de suas vidas, permitindo que as mulheres se sintam novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao passo que nossa cultura deixa de realizar tais cerimônias, ela reforça os valores patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder da mulher. Muitos são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa comunidade em honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da menstruação, que é visto por muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição inferior aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.

Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. Reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!
Não mais o respeito e a veneração pelo poder sagrado de seu sangue, mas a vergonha, a repulsa, o silêncio sobre "aqueles dias", as acusações e explicações "científicas" dos estados depressivos, explosivos ou das mudanças de humor como algo mórbido, que deveria ser tratado com remédios ou com a indiferença.
Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação nas Cabanas ou Tendas Lunares, onde as mulheres se isolavam para recuperar suas energias e abrir seus canais psíquicos para o intercâmbio com o mundo espiritual, a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos "Ritos de Passagem" e dos "Mistérios da Mulher".

(...)

É imperativo à mulher contemporânea recuperar a sacralidade de sua biologia. Para isso, ela deve lembrar seus antigos conhecimentos, compreender os verdadeiros mitos e arquétipos de sua natureza lunar, reconhecer o poder mágico de seu ventre e sua conexão com a Deusa.
A sociedade atual, altamente industrializada e intelectualizada, é carente de Ritos de Passagem e Celebrações, preocupando-se apenas com a produtividade, o consumismo e os modismos.
É vital para a mulher moderna suprir essa lacuna lendo e reaprendendo as antigas tradições, usando sua intuição e sabedoria para adaptá-las à sua realidade moderna, celebrando os Ritos de Passagem.
Esse ato de "acordar" e "relembrar" reconecta a mulher à sua essência verdadeira, dando-lhe novos meios para viver de forma mais plena, harmônica, mágica e feliz.

Fonte: http://olivrodabruxa.blogspot.com/2009/03/importancia-do-rito-de-menarca.html

A ARTE DE MENSTRUAR


O que define uma mulher? Muitas respostas poderiam ser dadas a esta pergunta, mas o que caracteristicamente a define é o fato de que mulher menstrua. E em sua condição plena, ela menstrua regularmente, expressão redundante, pois a palavra menstruação, que significa, literalmente, ‘mudança de lua’, tem como sílaba-raiz mens, mensis, a medida, origem da contagem do tempo, i.é., da regularidade.

A sílaba latina mens forma palavras como medida, dimensão metro, mente, para citar algumas. No sânscrito, a sílaba original era ma, de mãe, mana. Na Suméria, os princípios organizadores do mundo, atributos da deusa Inana, eram os me, sílaba contida no nome de muitas deusas, como Medéia, Medusa, Nêmesis e Deméter.

Para as mulheres da Idade da Pedra, o sangue menstrual era sagrado. É provável que a palavra sacramento se origine de sacer mens, literalmente, menstruação sagrada. Um ritual exclusivamente feminino, conhecido pelos gregos como Thesmophoria, mas cuja origem se perde no tempo, era realizado anualmente no período da semeadura. As mulheres que tinham atingido a idade do sangramento se reuniam num campo sagrado, e ao primeiro sinal do fluxo menstrual, elas desciam por uma fenda para levar sua oferenda às Cobras, as grandes divindades primárias do mundo profundo, que representam o poder regenerador na terra, no campo e no corpo das mulheres. Ofereciam o melhor leitão da ninhada, cuja carne apodrecida junto ao sangue menstrual era misturada às sementes, que então eram enterradas no campo sagrado, para promover e propiciar uma colheita abundante.

Os antigos ritos de menstruação hindus estão relacionados com Vajravarahi, literalmente ‘Porca de Diamante’, a deusa que rege as divindades femininas iradas, que dançam o campo energético do ciclo menstrual. Ela é a dançante Dakini vermelha, filha da Deusa Primal do Oceano de Sangue, mais tarde denominado de Soma.

Representando o fluido da vida, o sangue menstrual sempre foi considerado tabu, palavra polinésia que significa ‘sagrado’ e que foi interpretada pelos antropólogos como sendo ‘proibido’. De fato, o sangue menstrual, como o poder de criar vida que conecta as mulheres com o próprio universo, era tabu, isto é, sagrado e portanto proibido àqueles que não menstruassem, como era o caso dos primeiros antropólogos homens.

No mais esotérico dos rituais tântricos, o Yoni Puja, os sucos liberados pela cópula eram misturados com vinho e partilhados pela congregação. O mais poderoso de todos os sucos era aquele obtido quando a yogini estava menstruando.

Ao longo dos milênios, as mulheres têm desaprendido a arte de menstruar, de fluir com a vida. Nas sociedades tribais, a menarca, o início do fluir do sangue, era celebrada com um rito de passagem, auxiliando a menina a realizar sua entrada para o reino do mana: o poder sagrado transmitido pelo sangue e que tanto podia dar como tirar a vida. Além de apaziguar o poder destruidor, o rito tinha como função auxiliar a menina a entender sua condição física e sua relação com a função procriadora da natureza. Ainda uma criança em espírito e condição social, a partir de suas regras, a jovem deve assumir o comando de sua vida. Sem ritos de passagem, o que temos para oferecer às nossas meninas, que as ajude a transformar e assumir sua nova identidade?

Ao longo do processo civilizatório, a menstruação foi sendo depreciada, relegada, virando tabu. O que era sagrado tornou-se proibido, sujo, contaminado. A regra passou a ser esconder a regra. O resultado disto foi que o evento central na vida de toda mulher madura tornou-se invisível. Ironicamente, retorna à visibilidade para se tornar um negócio milionário, o dos absorventes ditos ‘higiênicos’, mas que continua a reforçar a idéia de que o sangue menstrual é ‘sujo’. O apelo maior da propaganda de absorventes é tornar a menstruação invisível. Promete que usar tal ou qual marca de absorvente possibilita à mulher levar a vida como se nada estivesse acontecendo em seu corpo. Descaracteriza-a como mulher, negando sua característica mais distintiva.

Devemos abolir os absorventes? É claro que não, pois não vivemos na Idade da Pedra. Mas talvez devêssemos nos espelhar no exemplo das índias andinas, que simplesmente se agacham e deixam seu sangue fluir para a terra. Impossibilitadas de agir assim numa terra coberta de asfalto, podemos, contudo, transformar esta prática num ritual. É importante para as mulheres recuperarem o sentido sagrado do fato biológico central em suas vidas. Pois, ainda hoje, a maioria das mulheres ‘liberadas’ acredita que suas regras (aquilo que as rege) é uma inconveniência que, se possível, deveria ser eliminada. Se formos capazes de romper com esta crença, talvez possamos desvincular o feminino da idéia de fragilidade e instabilidade. A decantada imprevisibilidade feminina é, em grande parte, decorrente das oscilações a que a mulher está submetida, ao longo de seu ciclo mensal. É a expressão da imprevisibilidade da própria vida.

O ciclo hormonal feminino apresenta dois pontos culminantes: a ovulação e a menstruação. O polo branco da ovulação, chamado muitas vezes de rio da vida, é o polo ovariano, procriativo, momento do ciclo em que, biologicamente, a mulher se coloca plenamente a serviço da espécie. O polo vermelho da menstruação, também chamado de rio da morte, é o polo uterino, quando a mulher se volta para si mesma. Ou pelo menos deveria, pois a arte de menstruar, a habilidade de fluir com a vida, é o momento em que somos chamadas para dentro, a fim de curarmos a nós mesmas.

Desprezada e negligenciada, não é de estranhar que a menstruação revide. A TPM (Tensão entre Patriarcado e Menstruação) é a expressão do conflito que nós mulheres vivemos, entre voltarmo-nos para o acontecimento sagrado dentro de nós ou atender à demanda do mundo externo. O período menstrual nos torna mais sensíveis, captando os acontecimentos em torno de nós através de uma lente de aumento e reagimos de acordo. Se aprendermos a respeitar o movimento energético que acontece em nosso interior, poderemos usar esta sensibilidade de um modo mais significativo e reverter a depreciação a que o sangramento foi submetido, recuperando sua sacralidade.

Como mulheres modernas, inseridas num mundo que funciona de acordo com os valores masculinos, nem sempre podemos nos recolher na cabana de menstruação, como faziam nossas antecessoras, onde descansavam e partilhavam suas experiências. Mas podemos reduzir nossas atividades ao mínimo, deixando para outro momento algumas delas. Também podemos nos recolher para dentro de nós, enquanto executamos as atividades diárias que nos competem. Depois de cumpridas as tarefas, podemos nos retirar para um lugar tranqüilo e prestar atenção ao que acontece no nosso útero, observar as sensações e os sentimentos, os sonhos que emergem. O período menstrual é o momento em que podemos aprender mais a nosso respeito e curar nossas feridas. Assim reverenciada, a arte de menstruar pode ser recuperada, possibilitando uma vida mais plena e feliz como mulher.

Fonte: http://www.vadiando.com/textos/archives/000744.html

Mistérios Femininos


A menstruação é uma das coisas mais sagradas para uma Mulher e provavelmente o Mistério mais profundo da sacralidade feminina e espiritualidade da Deusa.Em muitas culturas antigas a primeira menstruação de uma garota, a menarca, era marcada com um Rito de Passagem especial. Isto era uma forma de iniciação que introduzia a garota na vida adulta lhe ensinando valores e Mistérios próprios dessa nova condição de vida. Rituais como este foram celebrados entre povos tão distantes quanto os africanos, havaianos, celtas e nativos americanos.Muitos são as Tradições mágicas ligadas à menstruação da mulher e seu ciclo.No Egito os Faraós faziam elixires mágicos com o sangue menstrual para aumentar os seus poderes espirituais e magnetismo. Os gregos misturavam o sangue menstrual de uma mulher nas sementes que seriam plantadas, pois acreditavam que isso aumentava a fertilidade do solo e a possibilidade de conseguir uma colheita farta. Muitas são as lendas que nos falam da criação do mundo através do sangue menstrual da Deusa.Muitos povos antigos construíam templos especiais dedicados à reclusão das mulheres durante sua menstruação, uma vez que eles acreditavam que a mulher possuía poderes mágicos incríveis durante esta fase. As mulheres também eram altamente honradas durante seu período menstrual e recebiam privilégios. Entre os nativos americanos a mulher menstruada saia à noite para caminhar nua entre os campos quando as sementes estavam crescendo, isso afastava os insetos e pragas.

Quando a mulher não encontra solo fértil onde possa aprender e honrar este processo natural de transformação que ocorre em seu corpo, ela pode desenvolver danos psicológicos que acabam por transformar esta transição em uma fase brutal de crises, contestações, problemas emocionais e desencontros internos. Algumas mulheres podem demorar anos para resolver as crises provindas de uma transição mal resolvida na adolescência, outras nunca sairão delas.Uma mulher que não é ensinada a honrar a sacralidade do seu corpo e de sua menstruação perde o seu orgulho, sua auto-estima e confiança. O retorno aos rituais que celebram a Menarca e a transição da infância para a fase adulta da mulher através dos Mistérios do Sangue formam a noção de individualidade, honra e respeito em uma mulher, já que as mulheres não sentem naturalmente vergonha da sua menstruação, são sim ensinadas a isso. Quanto mais as mulheres honrarem seus próprios mistérios, a sacralidade de seu próprio corpo, mais a humanidade estará se afastando do caos promovido por séculos de patriarcado e ofuscação da força e poder feminino.A verdadeira Bruxa deve ter consciência da sacralidade do seu próprio sangue mensal e sobre os Mistérios e ritos que o envolvem. Em tais ritos ela deve perceber o seu sangue como o elixir da vida, sem o qual nada nem ninguém existiria.O sangue menstrual possibilita a mulher a lembrar todos os meses de que ela é a manifestação da Deusa na Terra, que ela é fértil como a Terra, que ela é a vida que nutre a vida. É o não reconhecimento a esta força e poder que faz a mulher se sentir estranha, fatigada, introspectiva e até mesma doente durante sua menstruação, pois renegar a importância e sacralidade deste período é renegar a própria Deusa. A mulher que honra seu ciclo mensal passa a ver o seu sangue não com vergonha, mas como sagrado, o sangue da cura, o sangue da vida, percebendo que a cura da vida está no retorno à sabedoria da mulher e da Deusa.

Os Mistérios do Sangue sempre estiveram associados aos poderes de magia da mulher. Antes dos avanços científicos e o entendimento biológico da menstruação, o ciclo mensal era visto como algo mágico, pois representava a capacidade que a mulher tinha de sangrar sem adoecer. Como para os povos primitivos o sangue estava diretamente ligado a vida e a morte, o fato das mulheres sangrarem mensalmente sem terem sua saúde prejudicada era motivo de espanto e reafirmava o poder da mulher, o qual todos honravam. Como ainda os processos de concepção não tinham sido descobertos, a gravidez era vista como a capacidade da mulher se auto-fertilizar, transformando o seu sangue em nova vida. Até a supremacia patriarcal imperar, os corpos e ventres das mulheres eram o templo sagrado da vida. Com a chegada das religiões patrilineares, a mulher passou a ser considerada a origem do pecado original e de todos os males da vida. A partir dai sua menstruação, a origem do seu poder espiritual, também passou a ser considerado algo pecaminoso, o qual deveria ser evitado. Os corpos da mulheres passaram a ser propriedade dos homens. Mulheres em todo mundo sofrem até hoje o impacto dessa mudança histórica. A menstruação então ganhou vários tabus. A própria bíblia impõe vários preceitos que devem ser seguidos pela mulher que menstruar ou por aqueles que tiverem contato com ela durante seu ciclo: A mulher que estivesse menstruando deveria permanecer intocada por um ciclo de 7 dias, qualquer pessoa que a tocasse era considerada impura; tudo o que ela tocasse durante seu período menstrual deveria ser limpo e purificado; quem se deitasse sobre a mesma cama que uma mulher menstruada deveria se purificar lavando suas roupas e seria considerado impuro durante um período de 24 horas. Para compreendermos isso devemos entender que a menstruação da mulher era vista como a fonte de seu poder mágico e espiritual. Assim sendo, tudo o que é sagrado se torna um tabu e o que se transforma em tabu com o tempo é esquecido, deixado de lado, evitado, ridiculzarizado. A Menstruação da mulher era o mais sagrado dos mistérios. Este ciclo a ligava com a Deusa, pois como Ela a mulher passava por transformações aproximadamente à cada 28 dias.Celebrar novamente os Mistérios do Sangue da mulher torna possível a restauração e resacralização de seu útero, de suas vidas, permitindo que as mulheres se sintam novamente donas do seu corpo e possam viver seus ciclos naturais que incluem menarca, gravidez e menopausa de forma mais equilibrada e em sua totalidade. Ao passo que nossa cultura deixa de realizar tais cerimônias, ela reforça os valores patriarcais e a continuidade da retirada e enfraquecimento do poder da mulher. Muitos são os danos psicológicos causados às mulheres por causa da negligência de nossa comunidade em honrar os Mistérios do Sangue da mulher. Isso inclui a noção de vergonha imposta pela sociedade moderna acerca da menstruação, que é visto por muitos como algo sujo, ruim e subjugador, colocando as mulheres numa posição inferior aos homens ao passo que isso deveria representar o contrário.

"O sangue menstrual, representando o poder de criar vida que conecta as mulheres com o próprio universo"

Fonte: ttp://witchclubhouse.blogspot.com/

A Lua Vermelha da menstruação


Na Antigüidade, o ciclo menstrual da mulher seguia as fases lunares com tanta precisão que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e perdendo, assim, o contato com seu próprio ritmo e seu corpo, fato que teve como conseqüência vários desequilíbrios hormonais, emocionais e psíquicos. Para restabelecer essa sincronicidade natural, tão necessária e salutar, a mulher deve se reconectar à Lua, observando a relação entre as fases lunares e seu ciclo menstrual. Compreendendo o ciclo da Lua e a relação com seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá cooperar com seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando seus desequilíbrios e fortalecendo sua psique.
(...)

Do ponto de vista mágico, há dois tipos de ciclos menstruais determinados em função da fase lunar em que ocorre a menstruação. Quando a ovulação coincide com a lua cheia e a menstruação com a Lua Negra (acontece nos três dias que antecedem a lua nova, entendido como o quinto dia da lua minguante), a mulher pertence ao Ciclo da Lua Branca. Como o auge da fertilidade ocorre durante a lua cheia, esse tipo de mulher tem melhores condições energéticas para expressar suas energias criativas e nutridoras por meio da procriação.

Quando a ovulação coincide com a lua negra e a menstruação com a lua cheia, a mulher pertence ao Ciclo da Lua Vermelha. Como o auge da fertilidade ocorre durante a fase escura da lua, há um desvio das energias criativas, que são direcionadas ao desenvolvimento interior, em vez do mundo material. Diferente do tipo Lua Branca, que é considerada a boa mãe, a mulher do Ciclo Lua Vermelha é bruxa, maga ou feiticeira, que sabe usar sua energia sexual para fins mágicos e não somente procriativos.

Ambos os ciclos são expressões da energia feminina, nenhum deles sendo melhor ou mais correto que o outro. Ao longo de sua vida, a mulher vai oscilar entre os ciclos Branco e Vermelho, em função de seus objetivos, de suas emoções e ambições ou das circunstâncias ambientais e existenciais.

Além de registrar seus ritmos no Diário da Lua Vermelha, a mulher moderna pode reaprender a vivenciar a sacralidade de seu ciclo menstrual. Para isso, é necessário criar e defender um espaço e um tempo dedicado a si mesma. Sem poder seguir o exemplo das suas ancestrais, que se refugiavam nas Tendas Lunares para um tempo de contemplação e oração, a mulher moderna deve respeitar sua vulnerabilidade e sensibilidade aumentadas durante sua lua. Ela pode diminuir seu ritmo, evitando sobrecargas ao se afastar de pessoas e ambientes carregados, não se expondo ou se desgastando emocionalmente, e procurando encontrar meios naturais para diminuir o desconforto, o cansaço, a tensão ou a agitação.

Com determinação e boa vontade, mesmo no corre-corre cotidiano dos afazeres e obrigações, é possível encontrar seu tempo e espaço sagrados para cuidar de sua mente, de seu corpo e de seu espírito. Meditações, banhos de luz lunar, água lunarizada, contato com seu ventre, sintonia com a deusa regente de sua lua natal ou com as deusas lunares, viagens xamânicas com batidas de tambor, visualizações dos animais de poder, uso de florais ou elixires de gemas contribuem para o restabelecimento do padrão lunar rompido e perdido ao longo dos milênios de supremacia masculina e racional.

O mundo atual - em que a maior parte das mulheres trabalha - ainda tem uma orientação masculina. Para se afastar dessa influência, a mulher moderna deve perscrutar seu interior e encontrar sua verdadeira natureza, refletindo-a em sua interação com o mundo externo.

Mirella Faur

Fonte: http://www.teiadethea.org/