29 setembro 2009

O Homem e a Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro; a mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz; o coração, o Amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence,
as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
O homem é um código;
a mulher é um evangelho.
O código corrige;
o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário, nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter no crânio uma larva;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que desnuda.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a Terra,
A mulher, onde começa o Céu!

(Por Victor Hugo)

A VIOLÊNCIA É SÓ UMA...


A mulher comum, a que verdadeiramente sofre todo o tipo de afrontas e violências, em casa e na rua, em todos os continentes, essa não têm voz activa nem identidade própria porque a verdadeira voz da mulher, a Voz que vem de dentro, do Útero, e que era o Oráculo da Deusa, assim com a sua essência, foi extirpada das suas entranhas há muito… A mulher não sendo respeitada como mãe, ela cria assassinos em potência, porque todo o desequilíbrio social vem da família antes, muito antes de qualquer educação...
Tudo isto aconteceu depois do cristianismo e já desde que o Oráculo de Delfos foi usurpado por Apolo na velha Grécia á imagem do que fizeram na pré-história os invasores bárbaros dórios, equeus e hebreus, a Igreja católica fez o mesmo bastante mais tarde com o culto da Grande Deusa-Mãe e que representava ou ritualizava as Forças da Natureza, o lado feminino da vida.

Todas nós pagamos ainda o preço da renúncia forçada por esse desvio cultural e histórico, o da anulação da mulher, sofrendo todas nós na pele essa divisão e fragmentação sexual e psíquica. Porque se a mulher não for santa é condenada ao ostracismo, ao Bordel ou à boite de alterne...Por essas e outras razões, sempre que ousámos ser fiéis à nossa natureza, fomos perseguidas e queimadas vivas. Fomos denegridas e acusadas de feitiçarias, males e culpa sem fim, sendo a Eva a grande pecadora apontada como a causadora do infortúnio dos homens.
Como querem que as mulheres não sejam desrespeitadas e mal tratadas pelos maridos e filhos se essa é ainda a educação que milhares de homens e mulheres recebem na escola e através da média e de um catolicismo ultrapassado? E se o próprio Papa vem apontar o dedo inquisitorial às mulheres e o Cardeal de Lisboa fala em santas para abraçar de amor o mundo, o que é a seus olhos a mulher senão uma coisa moldável e sem alma que eles querem controlar e reduzir “enaltecendo-as” à condição exclusiva de virgens e santas...
Assim, tal como o padre, também o marido o amante ou o patrão
acabam por condenar a mulher por qualquer outro sinal de expressão feminina menos “casta” e devota, seja o prazer e a sensualidade ou a sua liberdade de escolha como sinal de insurreição, e a descriminação ou violência sobre a mulher aparece de forma acentuada ou subtil em toda o lado principalmente em casa onde ninguém vê…

A Única coisa que nos impede de ver claramente os factos á a grande hipocrisia da sociedade moderna que pretende ter dado valor à mulher mas que em termos práticos revela o muito pouco que de efectivo e real na vida tenha sido feito para mudar de fundo as coisas.

A manifestação popular em massa da procissão da Nossa Senhora de Fátima de passagem por Lisboa, considerada uma manifestação de fé católica, estava mais perto de uma manifestação pagã do que se poderia imaginar, pois ela não é senão um reflexo da grande premência do Princípio Feminino há muito calcado e apagado do mundo patriarcal, e não só como eles pregam,da necessidade de Compaixão e Amor da Mãe eterna dos católicos.
Apesar da manipulação religiosa Patriarcal dos fenómenos ligados às “Aparições” da Deusa que reflectem ou não o imaginário colectivo como uma necessidade fulcral no mundo do Seu Amor não só maternal, mas também erótico, é sem dúvida a falta do Princípio Gerador, a Face Feminina do mundo, a mulher sensual e lenitiva, o da Mulher Deusa, adulterada pelo dogma católico, e que tanta falta faz para salvar o Planeta da violência do masculino sobre o feminino mas sobretudo sobre a Natureza Mãe e a sua destruição iminente.

Só quando as mulheres, por elas próprias, sem paternalismos, se abrirem a essa Nova Consciência do Feminino - que passa por uma dimensão do Sagrado na mulher, toda a mulher - aliada às forças da Natureza e a compreensão da Grande Deusa Mãe, como princípio gerador e criador do mundo, poderão alterar os factos quer ao nível global do Planeta quer das sociedades em particular. Precisamos recuperar a nossa voz a Voz do útero que nos roubaram os padres do deserto e voltar a servir como sacerdotisas a Grande Mãe e a Deusa!
Sem a participação efectiva da Mulher livre na sociedade e o respeito pela sua integridade - na união das duas mulheres que a Igreja dividiu – pela afirmação da consciência do verdadeiro feminino, não haverá solução parcial, nem política social para a violência doméstica porque esta não é senão um pequeno rasto de uma muito maior violência exercida há séculos pela preconceituosa mentalidade religiosa que no mundo dividiu a mulher em a santa e a puta e insiste nessa dicotomia como o mais terrível e calamitoso erro da nossa História!

Fonte: http://rosaleonor.blogspot.com/2008/09/onde-nasce-violncia-domstica-continuao.html

28 setembro 2009

Celebrar a Deusa

Na Antigüidade, o ciclo menstrual da mulher seguia as fases lunar com tanta precisão que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e perdendo assim o contato com o seu próprio ritmo e seu corpo, fato que teve como conseqüência vários desequilíbrios hormonais, emocionais e psíquicos. Para restabelecer essa sincronicidade natural, tão necessária e salutar, a mulher deve se reconectar à Lua, observando a relação entre as fases lunares e seu ciclo menstrual. Compreendendo o ciclo da Lua e a relação com seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá cooperar com o seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando seus desequilíbrios e fortalecendo sua psique.

Para compreender melhor a energia de seu ciclo menstrual, cada mulher deve criar um Diário da Lua Vermelha, anotando no calendário o início de sua menstruação, a fase da lua, suas mudanças de humor, disposição, nível energético, comportamento social e sexual, preferências, sonhos e outras observações que queira.

Para tirar conclusões sobre o padrão de sua Lua Vermelha, faça essas anotações durante pelo menos três meses, preferencialmente por seis. Após esse tempo, compare as anotações mensais e resuma-as, criando, assim, um guia pessoal de seu ciclo menstrual baseado no padrão lunar. Observe a repetição de emoções, sintonias, percepções e sonhos, fato que vai lhe permitir estar mais consciente de suas reações, podendo evitar, prever ou controlar situações desagradáveis ou desgastantes.

Do ponto de vista mágico, há dois tipos de ciclos menstruais determinados em função da fase lunar em que ocorre a menstruação. Quando a ovulação coincide com a lua cheia e a menstruação com a Lua Negra (acontece nos três dias que antecedem a lua nova, entendido como o quinto dia da lua minguante), a mulher pertence ao Ciclo da Lua Branca. Como o auge da fertilidade ocorre durante a lua cheia, esse tipo de mulher tem melhores condições energéticas para expressar suas energias criativas e nutridoras por meio da procriação.

Quando a ovulação coincide com a lua negra e a menstruação com a lua cheia, a mulher pertence ao Ciclo da Lua Vermelha. Como o auge da fertilidade ocorre durante a fase escura da lua, há um desvio das energias criativas, que são direcionadas ao desenvolvimento interior, em vez do mundo material. Diferente do tipo Lua Branca, que é considerada a boa mãe, a mulher do Ciclo Lua Vermelha é bruxa, maga ou feiticeira, que sabe usar sua energia sexual para fins mágicos e não somente procriativos.

Ambos os ciclos são expressões da energia feminina, nenhum deles sendo melhor ou mais correto que o outro. Ao longo de sua vida, a mulher vai oscilar entre os ciclos Branco e Vermelho, em função de seus objetivos, de suas emoções e ambições ou das circunstâncias ambientais e existenciais.

Além de registrar seus ritmos no Diário da Lua Vermelha, a mulher moderna pode reaprender a vivenciar a sacralidade de seu ciclo menstrual. Para isso, é necessário criar e defender um espaço e um tempo dedicado a si mesma. Sem poder seguir o exemplo das suas ancestrais, que se refugiavam nas Tendas Lunares para um tempo de contemplação e oração, a mulher moderna deve respeitar sua vulnerabilidade e sensibilidade aumentadas durante sua lua. Ela pode diminuir seu ritmo, evitando sobrecargas ao se afastar de pessoas e ambientes carregados, não se expondo ou se desgastando emocionalmente, e procurando encontrar meios naturais para diminuir o desconforto, o cansaço, a tensão ou a agitação.

Com determinação e boa vontade, mesmo no corre-corre cotidiano dos afazeres e obrigações, é possível encontrar seu tempo e espaço sagrados para cuidar da sua mente, de seu corpo e de seu espírito. Meditações, banhos de luz lunar, água lunarizada, contato com seu ventre, sintonia com a deusa regente de sua lua natal ou com as deusas lunares, viagens xamânicas com batidas de tambor, visualizações dos animais de poder, uso de florais ou elixires de gemas contribuem para o restabelecimento do padrão lunar rompido e perdido ao longo dos milênios de supremacia masculina e racional.

O mundo atual - em que a maior parte das mulheres trabalha - ainda tem uma orientação masculina. Para se afastar dessa influência, a mulher moderna deve perscrutar seu interior e encontrar sua verdadeira natureza, refletindo-a em sua interação com o mundo externo.


(Texto extraído do livro O Anuário da Grande Mãe - Guia Prático de Rituais para Celebrar a Deusa, de Mirella Faur, Editora Gaia)

Leia também: "Rituais de Menstruação", por Mavesper Ceridwen em:
http://www.templodadeusa.com.br/talkwicca/txtpraticantes_menstr.html

Celebrações Celtas (Hemisfério Norte)


Festivais Solares, derivados das tradições germânicas:

Yule ou Solstício de Inverno: Os druidas o comemoravam numa data próxima a 21/12. Os germânicos comemoravam por 12 dias. Em meio ao frio inverno, assinala o renascimento do Sol.

Ostara ou Equinócio da Primavera: Para o cristianismo, deu origem à Páscoa (em inglês, Easter), comemorado entre 20 e 30 de março. Assinala o florescimento da vida.

Litha ou Solstício de Verão: Por volta do dia 21/06 e assinala o apogeu do Sol, a luz em sua plenitude. A partir desta data, a duração dos dias começa a diminuir, portanto, celebra-se a mudança.

Mabon ou Equinócio de Outono: Celebrado entre 20 e 23 de setembro, quando ocorre a colheita que antecede ao inverno. Normalmente, um período de agradecimento e bênçãos.

Festivais Lunares, derivados das tradições celtas:

Imbolc: Assinala o enfraquecimento do inverno e a chegada da nova vida. Dedicado à Brighid e celebrado por volta de 01/02. Orientado para o futuro.

Beltaine: Assinala o início do verão e é um portal entre os mundos. Dedicado às fadas e geralmente celebrado por volta de 01/05. Buscar os desejos.

Lamas ou Lughnasadh: Marca a época das colheitas, de reunião e escolha de lideranças. Dedicado a Lugh e celebrado por volta de 01/08. Avaliar as responsabilidades e compromissos.

Samhain: Correspondia ao ano novo celta. É também um portal que aproxima os mundos, sendo dedicado aos ancestrais. Celebrado por volta de 01/11. Serve para reciclar ou livrar-se do que está estagnado.

Espiral celta do renascimento

"Em YULE a Criança-Rei nasce,
com a promessa da esperança que no ventre a Deusa carrega. Hibernamos, refletimos, paramos

Para em IMBOLC manter.
Nesta data o leite é farto,
a Deusa amamenta o Rei.

Em OSTARA tudo é equilíbrio
Dia e noite, Deusa e Deus
Sol e Lua para florescer

Em BELTANE, Deusa e Deus deitam-se no solo.
Fecunda Gaia, sexo à flor da pele.
Sagrados bebês e tochas flamejantes

Para em LITHA o Deus ser pleno.
Dia mais longo, finda a vida.
O Deus está caminhando para o Outro Mundo.

Em LUGHNASADH agradecemos
Queimamos o que não serve.

Em MABON, a seca, fecha o Deus o ciclo,
para em SAIMHAIM, findar"

Encantada...

Esta dedico a ti...
A ti, que décadas (!) depois continuas a Encantar-me...
E tantas coisas mais aqui dentro por dizer...
Sei que chegará o dia em que serão ditas nos olhos... Sinto!
...a Alma já as sabe de cor!
Às vezes até sinto os chamamentos transdimensionais,
...ciclicamente, no centro profundo do meu ser...
...mas talvez ainda não seja a hora para cristalizar...
Até lá continuemos a permanente metamorfose de crescimento e evolução!
Encantas-me!

26 setembro 2009

Eu-Fêmea habitante de Gaia

Olá!
Decidi começar este novo blog para partilhar as informações que recolho nas minhas pesquisas acerca da Deusa Interior,
da Mulher que sou, Eu-Fêmea,
do ser superior que existe em cada um de nós,
do crescimento interior nesta viagem terrestre,
das raízes do mundo,
do que está pra lá dos 5 sentidos,
do Amor!
Dedico este sítio a esse Amor Universal, a Todos que somos Um!